quarta-feira, novembro 04, 2009


A IMPORTÂNCIA DE ACOMPANHAR O PROCESSO DE ADOÇÃO



Esta é a história real de uma protetora de Macaé/RJ e de uma cachorrinha chamada Mel. Leia e veja a importância de se acompanhar um processo de adoção. Não é simplesmente "dar" o animal é preciso saber pra quem doar e acompanhar por algum tempo este animal.

Recebido via e-mail pela protetora Alessandra:

1ª PARTE
Quinta-feira, 9 de Julho de 2009, 9:22


Bom Dia Pessoal,

No domingo passado eu retirei uma cadelinha filhote da rua e doei para um senhora que mora na Barra de Macaé, pois, ela queria uma cadelinha de pequeno porte.

Ontem (segunda-feira), quando sai da fisioterapia e estava indo pra casa, fui caminhando pelo calçadão, pois iria para o ponto de ônibus que fica na praça Washington Luiz. Próximo a galeria Aloha eu vi uma filhote, então fiquei observando e quando cheguei mais perto, era justamente a cadelinha que eu tinha doado para a mulher (adotante).

Fiquei arrasada, quando vi a cachorrinha ali, na rua catando resto de alimentos na calçada. Na mesma hora liguei para o meu marido e pedi que ele fosse me buscar de carro, para que eu levasse a cachorrinha pra minha casa. Não iria deixa-la ali, até porque eu fui pegar essa cachorrinha na Serra de Macaé (estava abandonada)! Jamais iria deixa-la num local desconhecido pra ela. Se ela tivesse que ficar na rua, que ficasse no lugar onde estava, onde conhece.

Pessoal, eu não posso ficar com a cachorrinha, eu tenho 3 cachorros em casa e não tenho espaço pra ficar com ela. Mas também não queria devolvê-la para as ruas.

Coloquei o nome dela de Mel, ela é super meiga, e muito carente. Já vermifuguei, apliquei remédio de carrapato e pulga, e hoje irá ao PetShop.

Ficará linda a espera de um lar.

2ª PARTE
Terça-feira, 3 de Novembro de 2009 13:53:58


Você lembra da história da Mel? A cadelinha que eu doei e que depois encontrei abandonada no calçadão de Macaé? Pois então, eu doei ela para uma senhora que mora aqui na Aroeira, e estava acompanhando o tratamento dela de perto e adaptação em seu novo lar.

Então, eu resolvi pegar ela de volta, pois a senhora que adotou não estava ficando em casa devido alguns problemas de familia e a casa estava por conta de suas sobrinhas. Como eu consegui a esterilização da Mel pela Pró-Animal, eu fiquei com a responsabilidade de levar a clinica e pegá-la, já que a moça não tinha condições de fazer isso. Devido a isso tudo, fiquei acompanhando o seu pós-operatório e até mesmo, foi eu que fiquei com os gastos com da medicação. Devido a essas idas e vindas na casa dessa senhora eu vi que a Mel não estava sendo bem tratada, ela estava ficando presa o tempo todo, tanto de dia quanto a noite, e sempre que chegava lá os potinhos de comida dela estavam sempre sem ração e com pouca água, e pude perceber que ela estava muito magrinha e isso não me agradou muito, estava muito preocupada com a Mel.

Eu praticamente estava custeando todos os gastos com ela, desde do ínicio da doção até a castração, comprei vitaminas e remédios para a doença do carrapato, comprei remédio para verrugas, pois ela estava com 3 verrugas dentro da boca, e todos os medicamentos do pós-operatório, tudo isso sem o meu marido saber.

Não faço questão nenhuma desses gastos com ela, mais queria ver se ela estava sendo bem cuidada, eu ficava preocupada com ela, se ela estava passando fome ou não. Então, com isso tudo eu resolvi pegar a Mel de volta e minha mãe com o seu coração enorme, se dispôs a ficar com ela. Ela já tem dois, que é a Chiquinha que foi retirada do CCZ e seu filhote, e ela disse que onde come 2 come 3. Então, já que eu ia ficar cuidando da Mel, com os medicamentos, então prefiro que ela fique num lugar onde sei que será bem cuidada. Ela já está lá na casa da minha mãe há duas semanas, e está super bem, fica solta o tempo todo, tem um quintal pra ela correr e brincar.

Ela não destrói nada, pois segundo as meninas ela ficava presa, porquê comia as coisas. Se adaptou super bem, e adora Tob o cachorro da minha mãe, brincam que nem crianças..rsrs...quando a minha mãe prende chiquinha e Tob no canil, a Mel fica chorando e vai em direção ao canil pra minha mãe soltá-los...coisa mais linda e mais gostosa.

Estou com a responsabilidade da Mel, medicamentos, vacinas, etc...mais sei que ela está bem.

Agora, já arrumei mais uma amiguinha de rua, como eu estava de férias, peguei uns 20 dias...aproveitei pra resolver alguns probleminhas de saúde e com isso apareceu essa amiguinha lá perto da minha casa, estava com a patinha machucada, acho que foi atropelamento. Estou cuidando dela, com medicamentos, antibiótico e antiflamatório, pois ela não deixa colocar remédio na ferida, e como estou conquistando ela aos poucos, a unica coisa que puder fazer foi dá os medicamentos.

Chamei um amigo meu que é veterinário para olhar o ferimento, não deu pra ele analisar direito, ver se está quebrada, porque não a conheço direito e fiquei com medo dela morder ele, mas ele disse que a lesão dela está bem melhor e que agora vai cicatrizar normalmente, até porque não posso mais dá antibiótico e antiflamatório a ela. Ele disse que ela está anemica, então estou dando bife de figado e beterraba misturado na ração, e aos poucos estou tentando colocar uma pomadinha na lesão, não quero colocar nenhum remédio spray, pq se não eu vou espanta-la. Mas ela é um doce, tão meiga e carinhosa, e o pior de tudo, ela tinha uma casa, parece que a moça trocou a casa e colocou os bichinhos na rua, ela e mais um irmão. Agora a minha maior preocupação é o cio, vou ver se compro a vacina pra ela, e ver se consigo aplicar nela, pq não quero nem imaginar ela no cio, e um monte de cachorro atráz.

Bom, é isso ai querida!
 
Linda história que graças a Alessandra teve um final feliz, mas quantos cães que são doados e que só Deus sabe como estão...
 
"O importante não é a quantidade e sim a qualidade em que são feitos os processos de adoção".


                                                                                                                          (Eliana Petrelli)